Ontem, quando li a notícia fiquei profundamente irritado. Depois de ouvir o comentário do padre na TSF fiquei para lá de irritado.
As (850) crianças de quatro infantários de Setúbal, geridos Centro Paroquial de Nossa Senhora da Anunciada, levaram um envelope fechado na mochila, para os pais lerem. O envelope continha uma carta de um feto abortado de 10 semanas.
Vou transcrever os comentários do padre:
Em declarações à TSF, o padre Miguel Alves, da direcção destes jardins de infância, disse não entender o motivo da polémica.
«Não me parece haver motivo para indignação, acho que deve ser má vontade. Trata-se de uma carta dirigida aos pais, não existindo nada de extraordinário», revelou.
Na carta, divulgada esta quinta-feira pelo jornal «Diário de Notícias», pode ler-se: «Mãe, como foste capaz de me matar?... Como consentiste que me cortassem aos bocados e me atirassem para um balde?...»
Questionado sobre o conteúdo destes excertos, o padre respondeu de forma lacónica, reiterando que a carta foi dirigida aos pais, pelo que, no seu entender, nada há de «anormal».
Não tenho vontade de fazer comentários para não ser agressivo com ninguém! Mas creio que a igreja pensa que está a fazer uma guerra santa e está a fazer é uma guerra suja. Creio que atitudes deste calibre, utilizando crianças, são de uma baixeza incrivel! Só mostram que quem sabe não esquece e a Inquisição foi só à uns anitos.
Termino copiando um comentário presente no blog Kontratempos que divulgou esta notícia.
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"Começo a ver alguma razão nos argumentos do não. O rapazinho que escreveu a carta à mamã antes das 10 semanas provavelmente teria sido nobel da fisica aos 11 anos. Não podemos perder génios deste calibre.. Devia ser acrescentada uma clausula que proibisse a IVG caso o feto se mostrassse capaz de escrever ou resolver equações de 2º grau até às 10 semanas."
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